terça-feira, 28 de dezembro de 2010


" Escrever, é muitas vezes lembrar do que nunca existiu (...) E a lembrança é em carne viva (...) Não existia essa coisa de não ter nada a perder. O que existia era alguém que arrisca tudo; pois em baixo do nada e no nada e do nada, estamos nós que, por algum motivo, não podemos nos perder ou de certo, o mais sensato seria isto a fazer (...) Ah... (Digo eu em amor e angústia e ferocidade e piedade e admiração e tristeza e tudo isso é a minha alegria e não quer dizer que eu não vá sentir falta ou que eu não senti... Mas me dói. (...) Será tão indispensável entender o que me acontece ? (...) Porque se subtammente fôssemos dar importância ao que realmente nos importa, eu já tinha tido um infarto (...) "
"Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que nas fotografias saem negros. Meu segredo é ter olhos verdes e ninguém saber. " (raivosa ¬¬)
E eu aqui misturo tudo. De tanta emoção e tristeza e alegria e ansiedade e tensão. Saio falando tudo o que lembro, o que penso, o que já ouvi, o que sinto ou que já senti também...
É pra lá que eu vou, como perfume, só nas minhas noites, consciência, importância, palavras que nos comprometem, natureza, vida e arte, alegria fina, a sua alegria, antes de dormir, eu, tu, eles... Palavra cardíaca, artesanato de vida, Clarice Lispector, do nada, no nada e do nada, lembrar-me, poetas, obras inacabadas,mal feito, besouro, borboletas, casulos, redomas, pequeno príncipe, flôr, mundo pequeno, asteróide, fotografias, lugares, ondas, ventania, chuva, muita chuva, eu e eu só, só eu.
É, hoje, eu me lembrei de vc e eu espero não mais lembrar do jeito que eu to lembrando agora, porque eu sempre fico assim, "In órbita".
Se eu quisesse me considerar uma estúpida, seria agora.

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